Um ser invisível a olho nu alterou completamente a expectativa de crescimento para os próximos anos no cenário global e consequentemente alterou os planos de quem estava procurando investimentos no mercado imobiliário. O sentimento de que 2020 seria um ano promissor ficou apenas na promessa, os principal índice do mercado imobiliário brasileiro, o IFIX,  saiu de sua máxima em janeiro, acumulando mais de 3200 pontos para menos de 2300 pontos em março, mostrando que mesmo ativos menos voláteis como imóveis estão sofrendo diretamente aos efeitos da crise.

Diferentemente da crise de 2008, esta crise tem começo, meio e fim, basta ver como está a China atualmente, enquanto em 2008 parecia que o mundo ia acabar. Contudo, estamos vivendo tempos de incerteza e no curto prazo é muito improvável medir os impactos da crise, por isso o momento exige cautela, ajustar o risco e aproveitar oportunidades. As maiores oportunidades e o “dinheiro fácil” estão em coisas que as pessoas não querem fazer ou têm medo de fazer, isso significa investir em períodos de alto estresse. 

Feito um breve resumo do cenário atual, qual é a condição do setor imobiliário na crise do Coronavírus?

O mercado imobiliário é visto como um setor de fluxo de ativos de segurança e em momentos de aversão a risco, um setor de baixa liquidez. O panorama de incerteza do mercado vem fortemente deixando o mercado imobiliário frágil e imobilizado como todos os setores discricionários da economia.

Qual a situação dos profissionais do mercado imobiliário?

Nos períodos de 2014 até 2017 a falta de liquidez em imóveis fez uma grande quantidade de profissionais do mercado imobiliário procurarem outras formas de trabalho:  mercado financeiro, comércio, alimentício, entre outros.

Vale ressaltar que no mercado imobiliário não existe um Conselho efetivo, o Creci e o Cofeci são entidades inchadas e burocráticas, sem prover um efetivo apoio ao lado dos corretores e das imobiliárias. Portanto, há grandes divergências entre o profissional e ambas entidades.

Também vale ressaltar que a competitividade da tecnologia com aplicativos que realizam a locação, venda e administração de imóveis afastam o corretor da operação. 

Mais algumas observações enfatizam os motivos de tantos especialistas do mercado não estarem participando das negociações e intermediações.

Por que o corretor e as imobiliárias não estão participando efetivamente destas negociações?

1º Proprietários estão realizando negociações direta com Compradores;

2º Construtoras estão contratando pessoas CLT para venda de lançamento:

3º Aplicativos efetivando negócios diretamente;

4º Grande número de pessoas sem credencias trabalhando no ramo, como zelador, vizinhos, amigos, porteiros, advogados, entre outros;

5º Infidelidade de Compradores e Vendedores; 

6° Muitos profissionais sem experiência no mercado.

E após esta etapa o mercado imobiliário vai ter que ser reinventado, teremos que ter um foco totalmente direcionado e cada vez mais próximo dos vendedores principalmente. Realizar investimentos direcionados a tecnologia e divulgações totalmente direcionadas aos profissionais do mercado, advogados, cartórios e despachantes, linhas de créditos e formas de refinanciamento. Não podemos esquecer do aperfeiçoamento dos profissionais, com cursos e palestras que vão desde as formas comportamentais até cursos de tecnologia. Ter uma voz mais efetiva junto ao Creci e Cofeci.

Os especialistas esperam um novo desenho do mercado imobiliário, com maior aperfeiçoamento, conhecer realmente o mercado que atua, e porque não uma globalização com parcerias em todo o território nacional e internacional, abertos a parcerias. Aumentando assim os investimentos dos profissionais e imobiliárias onde ambos ficam direcionados e focados para o crescimento pessoal e tecnológico.  O grande potencial na intermediação de venda e locação de imóveis não irá ficar parado, e a tendência será o sucesso do setor.

Spaço Imóveis. Sua imobiliária em Jaraguá do Sul!

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